Bastava fazer 1×0 que estaria classificado. A missão parece fácil, ainda mais sabendo que seu time jogará em casa e com apoio de mais de 60 mil pessoas. Mas acho que não avisaram para o Cruzeiro que o adversário era o Boca Juniors, papa títulos da Libertadores e atual campeão do torneio.
O Cruzeiro começou pressionando o Boca, que jogava atrás e sem afobação. Mas o time celeste não criava quase nada, e tentava entrar na área argentina na base do chuveirinho. A partir dos 20, o Boca começa a apresentar o futebol de sempre e cresce na partida.
Aos 33, Palácios, após enfiada de Riquelme, entrou livre e na saída do goleiro Fábio tocou a bola para fora, desperdiçando a chance de abrir o marcador. Mas aos 36, Dátolo puxou contra-ataque, levando a bola para o campo do Cruzeiro e serviu a Palácios, que acertou belo chute, vencendo o goleiro Fábio. 1×0 Boca!
O gol animou ainda mais os argentinos, já que o Cruzeiro precisaria de três gols agora. Aos 39 o Cruzeiro respondeu. Wagner fez bom cruzamento, da esquerda, colocando a bola na medida para chute de primeira de Marcelo Moreno, que errou por pouco.
Aos 43, mais uma ducha de água fria no Cruzeiro. Palermo, de cabeça, fez 2 a 0 para o time argentino, aproveitando cruzamento da esquerda de Riquelme.
O Cruzeiro voltou com Marcinho no lugar de Guilherme e com a obrigação de fazer quatro gols, sem sofrer nenhum outro, para conseguir se manter na Libertadores.
O time veio pra cima do Boca. Logo aos 6, Charles cruzou da direita, o goleiro Caranta não conseguiu cortar o cruzamento e Marcelo Moreno, livre, cabeceou para fora. Aos 11 veio o gol cruzeirense. Wagner, em belo voleio, aproveitando rebote do goleiro Caranta, após cruzamento de Marcinho e reacendendo as esperanças do torcedor celeste.
No minuto seguinte, Riquelme desperdiçou a chance de fazer o terceiro gol do Boca, ao bater e errar por pouco o alvo.
Aos 23, a última boa chance do Cruzeiro. Mais uma grande jogada de Wagner, que cruzou bem da esquerda e Marcelo Moreno cabeceou a bola na trave.
O clube argentino repetiu o placar pelo qual havia vencido a primeira partida, há uma semana, em La Bombonera, garantindo sua vaga às quartas-de-final do torneio. Agora o Boca pega o Atlas-MEX que eliminou na terça o Lanús-ARG.
Cruzeiro
Fábio; Jonathan (Apodi), Thiago Heleno, Espinoza e Marquinhos Paraná; Fabrício, Charles (Henrique), Ramires e Wagner; Guilherme (Marcinho) e Marcelo Moreno
Técnico: Adilson Batista
Boca Juniors
Mauricio Caranta; Maidana, Cáceres, Morel Rodrigues e Fabián Monzón; Dátolo (González), Sebastián Battaglia, Fabián Vargas (Ledesma) e Riquelme; Palacio e Palermo (Boselli)
Técnico: Carlos Ischia
Data: 7/5/2008 – quarta-feira
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Público: 61.471 pagantes
Árbitro: Carlos Chandía (Chile)
Assistentes: Julio Cristian e Julio Díaz (Chile)
Cartões amarelos: Ramires, Marcinho, Andrey e Thiago Martinelli – ambos estavam no banco (Cruzeiro); Maidana, Vargas, Caranta (Boca Juniors)
Cartões vermelhos: Ramires (Cruzeiro)
Gols: Palacio, aos 36min, e Palermo, aos 43min do primeiro tempo; Wagner, aos 11min do segundo tempo
By Fernando Arbex